Em meio ao material de arquivo de Salman Rushdie em exposição na Universidade Emory, em Atlanta, há capas ilustradas de seus livros, diários escritos à mão e quatro computadores Apple (um deles arruinado por um incidente com uma coca-cola). Os 18 gigabytes de dados contidos neles parecem prometer aos futuros biógrafos e estudiosos de literatura um verdadeiro país das maravilhas digital: vastos arquivos organizados que podem ser facilmente pesquisados em poucos cliques.

Mas, como a maioria dos paraísos rushdieanos, esse idílio digital tem seu próprio conjunto de problemas. Como as bibliotecas e os arquivos de pesquisa estão descobrindo, o material “nascido digital” – criado inicialmente no formato eletrônico – é muito mais difícil e caro de ser preservado do que se supunha. Leia: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100317/not_imp525296,0.php