O passado e o futuro do livro – e do ideal iluminista de torná-lo acessível a todos – são examinados em ensaios pelo diretor da biblioteca de Harvard
“O livro é, de todos os meios de comunicação, o mais antigo e também o mais moderno. Muito antes do jornal, do radinho de pilha, do walk-man e do iPad, o livro já havia inventado a mobilidade. Enquanto o mundo se surpreende com a sucessão, em velocidade impressionante, com que surgem novos aparelhos ou novas mídias e plataformas de comunicação, o livro permanece. Somente agora, passados quase seis séculos desde o uso dos tipos móveis por Gutenberg, ele começa a enfrentar o desafio da mudança com a digitalização. Vários são os motivos que fazem com que o livro alcance essa perenidade, mas talvez o que melhor explique seja a autonomia: o livro é um ser único, é uma célula.
Robert Darnton é um dos guardiões do imenso tecido formado por essas células. Diretor da Biblioteca da Universidade Harvard e um dos principais responsáveis pelo projeto Gutenberg-e, que promove a digitalização de obras literárias para preservação e maior facilidade de acesso às obras, ele zela por eles como uma mãe cuida dos filhos. Um amor maternal que dedica a todos, não somente àqueles muitos que pariu. As angústias, medos e até esperanças sobre o futuro dos livros estão expressas – e impressas – em A questão dos livros: passado, presente e futuro, uma coletânea de artigos que Darnton está lançando no Brasil, em edição da Companhia das Letras.”
Leia o restante do artigo aqui. Este outro artigo comenta mais o livro. A página sobre Darnton em Harvard é esta.
Contribuição: Caroline Brito (FUNARTE/CEDOC)